Um Ode ao Byzantine

Byzantine é uma banda de West Virginia (EUA) formada em 2000. O grupo lançou três albums pela Prosthetic Records: The Fundamental Component (2004), ...And They Shall Take Up Serpents (2005) e Oblivion Beckons (2008). Poucas semanas após o lançamento do último álbum, a banda encerrou suas atividades. Em 2010, a banda faz um breve retorno para tocar alguns shows em West Virginia e arredores. Somente em 2012, a banda anunciou seu retorno definitivo e, desde então, lançou dois álbums de forma independente financiados pelos fãs: Byzantine (2013) e To Release is To Resolve (2015).
Nesses quase 16 anos de existência, o grupo passou por algumas mudanças de formação. A mais estranha delas foi, provavelmente, a saída do baixista Skip Cromer alegando que se convertera ao Cristianismo e, por isso, tinha outra direção a seguir na vida. O único membro original é Chris “OJ” Ojeda, guitarrista, vocalista e principal compositor. 
O novo álbum da banda, The Cicada Tree, tem lançamento marcado para Junho próximo e sairá pela gigante Metal Blade Records, com quem a banda assinou um contrato de alcance mundial em 2016. Nada mal para um grupo com mais de 10 anos de estrada que nunca atingiu o sucesso de contemporâneos do New Wave of American Heavy Metal como Lamb of God e All that Remains. Como o próprio OJ disse a época sobre o contrato com a Metal Blade: “nós sentimos como se fosse dada uma segunda chance ao Byzantine de causar uma primeira impressão”.
Descrever o som da banda é difícil pois, mesmo sendo comumente considerada como integrante do NWAHM, o quarteto americano consegue aliar técnica apuradíssima com influências que vão desde o thrash oitentista e death metal até metalcore e hardcore. O trabalho das guitarras do grupo rouba a cena com riffs descompassados ao melhor estilo Meshuggah e riffs cheios de groove ao melhor estilo Pantera. No meio disso, há ainda os vocais de OJ que passam pelo gutural, pelos vocais limpos e pelos vocais rasgados. 
Esse que vos escreve considera a trinca de álbums ...And They Shall Take Up Serpents (2005), Oblivion Beckons (2008) e Byzantine (2013), três das melhores coisas produzidas de metal no século XXI. Para os que querem conhecer a banda, separei uma música de cada disco.




Stick Figures - The Fundamental Component
O riff que começa aos 30 segundos é pura técnica com groove. Como um todo, essa música é uma boa amostra da diversidade sonora da banda.



Jeremiad - ...And They Shall Take Up Serpents
Considerado o clássico da banda, tanto que ganhou até clipe e costuma fechar os shows do Byzantine. Destaque para a alternância de vocais, em especial os vocais limpos de OJ no refrão.


Deep End of Nothing - Oblivion Beckons
Muitas mudanças de andamento, riffs e solos pra todo lado. TODOS os membros da banda fazem um solo de guitarra nessa música.


Signal Path - Byzantine
Música que mais utiliza os vocais limpos de OJ. A letra é baseada no ataque cardíaco sofrido pelo guitarrista Tony Rohrbough. Em pouco mais de 5 minutos, Signal Path alterna passagens pesadas com um momento calmo quase psicodélico.


Justinian Code - To Release is to Resolve
Justinian Code mostra que a entrada dos novos membros, Sean Sydnor (baixo) e Brian Henderson (guitarra), não alterou o DNA do Byzantine. Com mais de 8 minutos (é a música mais longa da banda), há tempo para todos da banda mostrarem seu talento.



  













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