O nono álbum de estúdio do Rancid

Rancid lança amanhã (09/06) seu nono álbum de estúdio “Troublemaker”. O último lançamento da banda ,“...Honor is All We Know” em 2014, foi provavelmente o ponto mais baixo de uma carreira brilhante. Nele, a banda usou sua fórmula consagrada: músicas punk rock rápidas com refrões para cantar a plenos pulmões e outras músicas mais cadenciadas com levada ska. Entretanto, a fórmula parece que perdeu sua validade, as 14 músicas do álbum entram por um ouvido e saem pelo outro, os refrões são vazios demais para cantar a plenos pulmões e as músicas de ska acabam por serem repetitivas e simples demais, quase previsíveis.

Bom, então não há motivos para se animar com Troublemaker, já que a banda, com seus mais de 25 anos de atividade, parece estar perdendo o fôlego e virando uma caricatura de si mesmo né?
Vamos com calma, a discografia do Rancid fora o “...Honor is All We Know” é de altíssimo nível. Essa é a banda que fez “...And Out Come the Wolves” de 1994, considerado, com razão, um clássico do punk rock dos anos 90. Então mais respeito com os veteranos. Mas quem vive de passado é museu como já diria a sabedoria popular. Vamos ao presente então. A banda já soltou 5 músicas do novo álbum, o que é mais do que suficiente para nos dar uma ideia de como será o novo trabalho. Após ouvir todas, a impressão é que vem um grande álbum por aí para apagar a desconfiança na banda. Explicamos o motivo da animação música a música: 

Ghost of a Chance
A primeira música liberada mostrou a banda sofrendo da mesma falta de inspiração que em “...Honor is All We Know”. Em menos de 2 minutos, "Ghost of a Chance" tenta ser um punk rock simples para cantar junto mas peca pela simplicidade excessiva e pelos clichês de Tim Armstrong sobre nunca desistir.



Telegraph Avenue
A segunda música divulgada reafirma a velha capacidade do Rancid em escrever músicas de punk rock cheias de melodia. Mesmo apelando para um coro de “na na na”, “Telegraph Avenue” é sentimental sem ser brega. Como a própria banda definiu, “é uma carta de amor a East Bay”.



Where I'm Going
Where I’m Going se encaixaria perfeitamente no “Life Won’t Wait” de 1998 graças a sua levada de ska. Cantada marjoritamente por Lars Frederiksen, a música é digna dos clássicos ska da banda como “Timebomb” e “Hooligans”.



Farewell Lola Blue
Tim e Lars alternando vocais, um refrão para cantar junto e um solo de guitarra no momento certo. Nem conheço essa Lola Blue, mas se a partida dela originou essa música, ela tinha mais que ir embora mesmo.


Say Goodbye to Our Heroes
“Say Goodbye to Our Heroes” é carregada pelo baixo de Matt Freeman, que como cantor, é um ótimo baixista. Brincadeiras a parte, é bom ver que a banda diminui as contribuições vocais do baixista que não acrescentavam muito. “Say Goodbye” é a confirmação que o Rancid voltou aos trilhos: Tim balbuciando nos versos e Lars cantando num refrão super grudento.  

                                     





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